Carlos Augusto Rizzo onde mais gosta de estar. Observando os pássaros. |
Binóculo, roupas adequadas para caminhada, boné e respeito
pela natureza. Esses são os itens necessários para observar as mais de 300
espécies de pássaros catalogadas em Caraguatatuba, de acordo com o marceneiro e
observador de pássaros, Carlos Augusto Rizzo, de 60 anos.
Para vivenciar essa experiência o Parque Estadual da Serra
do Mar, oferece passeios – que devem ser marcados com antecedência – em
diversas trilhas, onde podem ser observadas espécies raras, como o juruva.
Rizzo ressalta a importância da vestimenta correta e, principalmente, do
boné. “O boné é obrigatório, porque o
cabelo, simbolizando pelos acusando o observador como mamífero, ou seja,
predador”, explica Carlos. O binóculo ou câmera são opcionais. Segundo o observador, no restante das vestes
o tom pastel é indicado por sua neutralidade e cores agressivas como o branco,
por exemplo, devem ser evitadas porque espantam os animais.
Para promover essa interação com a natureza, sem afetá-la,
os observadores utilizam uma isca sonora reproduzindo o som de determinado
pássaro com um simples gravador. Dessa forma, o pássaro é atraído e os turistas
podem tirar fotos. Mas há um detalhe importante: normalmente é possível
visualizar mais espécies na volta da trilha, porque os animais já terão se acostumado
com a presença dos visitantes em sua primeira passagem.
Essa prática além de curiosa transpõe barreiras. Carlos
conta que trabalha com alunos que possuem necessidades especiais e que
inclusive existem observadores cegos. As crianças demonstram grande empatia
pela atividade. Esse exercício trabalha principalmente a paciência e a calma.
Os observadores cegos trabalham essencialmente com a audição, que por sinal é
extremamente aguçada, o que nesse ramo é uma grande vantagem. Porém, eles são
acompanhados por guias devido as suas necessidades especiais.
Para colaborar com a preservação, Carlos visita escolas
conscientizando a importância da natureza e dos animais. Para ele, essa
abordagem é mais eficaz do que realizar campanhas contra gaiolas, caça, etc.
Através desse método, o observador garante que é possível construir novos
conceitos e quebrar paradigmas.
Texto: Ana Souza
Que bacana o trabalho dele nas escolas, né? Adorei e achei muito fofo isso!
ResponderExcluirO mundo precisa de pessoas assim!
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